História do NEPCR

História do NEPCR

Somos uma escola de educação básica, nascida das necessidades percebidas pelo trabalho de promoção social, que vem sendo realizado desde a fundação do Remanso Fraterno.

Estamos comprometidos com o processo educativo integral, dinâmico, permanente e transformador, que desenvolve a autonomia na criança e no jovem, semeando cidadãos alicerçados no gosto pelo aprender, no Bem e no Belo, no esforço próprio, na solidariedade e no respeito ao próximo.

Nossos propósitos pedagógicos são permeados pela constatação de que a ação educativa deve transpor os limites da sala de aula e os muros da escola e ser vivida em parceria com as famílias e a comunidade.

O trabalho de promoção social e o trabalho com as famílias acontecem integrados com o dia a dia da escola, bem como em parceria com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos expresso no Projeto Acolher é Transformar.

História do Núcleo Educacional Professora Clélia Rocha - NEPCR

Na pracinha no início da rua, na lona estendida no chão da porta do Remanso, os voluntários da época foram percebendo a necessidade de existir uma escola em tempo integral. A opção pela educação formal foi resultante direta do trabalho de promoção social que já ocorria no Remanso Fraterno.

Em 1º de junho de 1998, ocupando o segundo prédio que foi construído na área do Remanso Fraterno, especialmente concebido para acolher crianças pequenas, começaram as primeiras turmas da escola.

As turmas iniciais foram as dos primeiros anos do Ensino Fundamental I. Mais tarde, em fevereiro de 2002, inserindo-se no Programa Criança na Creche, através de convênio com a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia de Niterói, iniciou-se a Creche.

Por um lado, a permanência da criança na escola durante boa parte do dia era importante para amenizar as condições de vulnerabilidade em que viviam. Por outro, constatou-se também a necessidade de se apoiar as famílias para sua inserção regular no mundo do trabalho e melhoria de suas condições de vida. Isso seria facilitado pelo maior tempo de seus filhos na escola.

Origem do Nome

A escola recebeu o nome de Núcleo Educacional Professora Clélia Rocha, em homenagem à Clélia Soares da Rocha, abnegada senhora e educadora, que trabalhou incansavelmente na obra fraterna em proteção às crianças e aos jovens. Em https://espirito.org.br/biografias/clelia-soares-da-rocha/  estão algumas informações sobre sua passagem pela Terra, da qual partiu em 1936, depois de uma vida inteira dedicada ao amparo e à educação infantojuvenil. Foi estreita colaboradora de Anália Franco.

Depoimento

Bênçãos de Luz Numa Manhã Cinzenta

Início da década de 90. Na manhã cinzenta, um grupo de espíritas, ligados à Sociedade Espírita Fraternidade, ruma para Várzea das Moças, um bairro afastado de Niterói. Ali estávamos a convite do seu presidente, Raul Teixeira. A estradinha de acesso é pura lama, dificultando a passagem dos carros. A mata ao nosso redor está úmida e quieta. Levamos muito tempo para chegarmos ao destino. Em uma clareira ao pé de um morro coberto de vegetação, o comboio para. Descendo do carro, já podíamos ver reunidos em torno dos organizadores do evento um pequeno grupo no qual se destacava a figura sorridente de Divaldo Franco. Fora ele especialmente convidado para proceder ao lançamento da pedra fundamental do Remanso Fraterno, sonho acalentado Diretoria da SEF, que começava, a se transformar em realidade. Ali, em uma vasta área verde, seria erguido um conjunto de prédios destinados à promoção socioeducacional de crianças e jovens carentes da região e adjacências.

Com os olhos voltados para a pequena colina, Raul, como se visualizasse a obra que estava por nascer, vai apontando os locais e descrevendo as edificações futuras, com as suas destinações: “Ali, o prédio central; mais além, a escola; lá em cima, a creche…”.

Seguiu-se a cerimônia que, na sua simplicidade, nos evocava os primeiros anos do cristianismo.

Nossos corações, tomados de emoção, ainda vibravam com as palavras proferidas pelos idealizadores do projeto, quando fomos surpreendidos pela fala do venerável Bezerra de Menezes que, através de Divaldo e sob uma garoa fina, viera abençoar a obra nascente. Nas nossas almas era como se o céu cinzento se rasgasse para deixar passar o mais brilhante raio de sol. Uma doce e suave vibração envolveu a todos. Indescritível definir o que sentimos, ouvindo a mensagem de estímulo do amoroso mentor. Saímos dali guardando a certeza de que havíamos vivido um momento grandioso e singular.

Em pouco mais de um ano, retornávamos ao local para a inauguração do primeiro prédio. O Remanso deixara de ser apenas uma promessa com a implantação das atividades iniciais de educação e saúde.

Marco relevante na sua história foi a inauguração, em 1998, do Núcleo Educacional Professora Clélia Rocha, que hoje acolhe 220 crianças de 2 a 11 anos, da Creche e Fundamental I, e 30 jovens da 6ª série do Fundamental II, gratuitamente. Elas são assistidas, não somente em termos materiais – alimentação, vestuário, tratamento médico e odontológico, – mas, sobretudo, moral e intelectualmente, visando ao seu desenvolvimento sadio e equilibrado.

Muitas crianças chegam à instituição com problemas graves, como desnutrição e exposição à violência. São oriundas de famílias carentes do ponto de vista social e financeiro. Por isso, foi com grande entusiasmo que observamos o eficiente desempenho de alguns alunos daquele Núcleo quando ali estivemos recentemente, participando de um evento de confraternização de final de ano. Com desembaraço, vários deles se apresentaram cantando, recitando poesias, participando de jogral etc. Por toda parte era possível se ver trabalhos escolares expostos, denotando empenho e aprendizagem.

Percebendo haver ali um rico material educativo, começamos a fotografar as maquetes e os cartazes, quando de nós se aproximou um jovem de aproximadamente 13 anos. Diante da nossa curiosidade forneceu detalhes e repassou-nos informações acerca da exposição.

Chegou mesmo a demonstrar detalhadamente como fizera um vaso com material reciclado, dando-nos uma verdadeira aula de ecologia. Sua segurança deixava transparecer uma formação intelectual bem encaminhada e elevada autoestima. Estávamos a admirá-lo, quando os pensamentos recuaram até aquela manhã memorável, e revimos mentalmente não o tribuno, mas o educador Raul Teixeira, amparado por Espíritos de Luz, a rogar a Deus que abençoasse a semente tenra que naquela hora era lançada ao solo.

Hoje, junto minha voz aos companheiros da Sociedade Espírita Fraternidade em agradecimento ao Senhor da Vida por haver permitido a frutificação daquele sonho de propiciar educação integral a uma parcela de crianças e jovens necessitados, cuidando, também, das suas famílias. Que a obra continue, por longos anos, a dar bons frutos!”

Lucia Moysés

(Professora e escritora de obras no campo da educação e do espiritismo, é trabalhadora voluntária no Núcleo Educacional Professora Clélia Rocha)

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